O trabalho escravo infelizmente ainda existe, mesmo sendo crime esta sendo persistente e este trabalho apresenta-se de forma contemporânea com outros aspectos, nos quais são:
Condições Degradantes: quando a pessoa não tem higiene no local, se alimentam incorretamente, às vezes não tem água potável;
Jornada Exaustiva: no qual significa que a pessoa não possui tempo suficiente de almoço ou descanso para se recuperar;
Trabalho Forçado: onde se constitui em manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas;
Servidão por Dívida: consiste na pessoa que antes de trabalhar, já deve para o patrão e trabalha para conter essa dívida. E muitas vezes nunca vai conseguir pagá-la.
Retenção de Documentos: o patrão fica com o documento das pessoas que muitas vezes são de outros países, não podem procurar novos trabalhos e nem voltar ao país de origem.
Esses elementos podem vir juntos ou isoladamente.
Outras condições que se encontra o trabalhador escravo pode-se contar que são em ambientes pequenos, sujos e juntos com materiais inflamáveis, também pode se encontrar crianças sobre máquinas de costuras.
O trabalho escravo em oficinas de costura brasileira está ligado ao tráfico de pessoas, emigrantes e imigrantes que caem em golpes de aliciadores, no qual, prometem muitas coisas e uma delas é o salário alto, um exemplo, é o caso da Animale imigrantes bolivianos recebiam R$ 5 para costurar peças de roupa vendidas por até R$ 698 nas lojas.
Trabalhadores costuram desde manhã até a madrugada para receber como pagamento um prato de comida e que tudo isso é uma realidade comum nas oficinas de costura situadas na Zona Norte e no Centro de São Paulo, onde é produzida boa parte das roupas vendidas em grandes magazines populares, lojas de rua e até de shoppings centers do país. Da mesma forma ocorre uma longa jornada de trabalho por dia em pequenas confecções, e é essa mão de obra que alimenta grandes redes de varejo das quais somos clientes.
Desde 1995, de acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra, ocorreram mais de 40 mil fiscalização de resgate no setor têxtil brasileiro, depois do resgate é aberto um processo contra a empresa e os trabalhadores recebem seus salários sonegados, horas extras, 13°salário, direitos previdenciários, seguro desemprego e uma indenização por dano moral pela humilhação sofrida.
O setor de Cadeia Têxtil e de Confecção no Brasil é estimado em US$ 45 bilhões por ano. Os investimentos no setor são de R$ 1,9 milhão e as empresas formais somam 29 mil no país. Os dados foram divulgados no ano passado (2017) pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Todavia, por trás dos índices promissores, encontra-se um histórico de trabalho escravo contemporâneo.
Desde 2010, conforme a ONG Repórter Brasil, mais de 400 costureiros e costureiras foram encontrados em condições análogas às de escravos no Brasil. A maioria dos casos ocorre em pequenas confecções terceirizadas, em São Paulo.
Um bom exemplo de que é possível acabar com esse tipo de exploração na cadeia produtiva foi dado pela Nike. Acusada de ter usado trabalho infantil em fábricas terceirizadas no sul da Ásia, a multinacional foi alvo de um boicote mundial que agrediu fortemente sua imagem. Num esforço para limpar o nome, assinou acordos em que se compromete a exigir fornecedores social e ecologicamente responsáveis. Os nomes e endereços de todas as fábricas terceirizadas estão no site da empresa. Aqui, as autoridades cobram a entrada das empresas de moda em pactos firmados pelo governo e sociedade civil para a erradicação do trabalho escravo. É um bom começo para aquelas que pretendem se alinhar aos padrões internacionais.
Em 2018, se completaram cinco anos de uma das maiores tragédias da indústria têxtil: o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, deixando 1.133 mortos e 2,5 mil feridos. O prédio, onde cerca de 3 mil pessoas trabalhavam, abrigava cinco ateliês de confecção. No dia anterior, trabalhadores haviam alertado sobre fissuras no edifício, todavia foram ignorados e obrigados a retornar ao trabalho. A história é retratada no documentário The True Cost, que explica a cadeia produtiva da moda e denuncia o lado nada glamouroso da indústria.
Após a fatalidade, com a motivação de uma indústria da moda mais ética, que não explorasse condições escravas de trabalho e que também cuidasse das questões ambientais, um conselho global de líderes da indústria da moda sustentável criou o movimento Fashion Revolution com o objetivo de informar, alertar e conscientizar a sociedade a respeito da cadeia produtiva da moda e os impactos que ela causa nos âmbitos sociais e ambientais, no qual, esse movimento está presente em 92 países atualmente.
Todo mês de abril, na semana em que se completa mais um ano da tragédia do Rana Plaza, é promovida a Fashion Revolution Week, oferecendo diversos eventos, como debates e oficinas, para refletir acerca da moda que consumimos.
CINCO ATITUDES que qualquer pessoa pode contribuir para obter uma sociedade mais justa:
Conscientize-se: Procure saber como foi o processo de fabricação de sua roupa. Aplicativos como o MODA LIVRE fiscalizam a ética de diversas marcas nacionais. Sites como os dos movimentos #SomosLivres, #WalkFree e #FashionRevolution e do Ministério Público do Trabalho tem muitas informações sobre as denúncias e também pode dar uma olhada no ÍNDICE DE TRANSPARÊNCIA DE MODA NO BRASIL que foi feito pelo Fashion Revolution que eles mostraram o índice de transparência das marcas.
Desconfie: Preços muito baixos lembre-se que alguém pode estar pagando um preço muito alto para que você pague tão pouco
Use sua voz: Converse com amigos sobre o tema para refletir, nas redes sociais pode ser também um ótimo lugar para falar sobre o assunto. Abrace a causa. Use seus looks a favor do fim da escravidão, ou seja, só vista aquilo que for realmente honesto e incrível.
Explore: Procure comprar roupas de outras maneiras como brechós, bazares, procurar por marcas sustentáveis, produtores locais, feirinhas.
Escolha: Opte pelo consumo consciente e não consumir loucamente como em megas ofertas como a Black Friday.
Portando, ainda existe o trabalho escravo e a MODA é o segundo setor que mais explora pessoas, é preciso conscientizar a população sobre isso e os fazerem os refletir “Quem fez minhas roupas?”, com o 1° Índice de Transparência da Moda no Brasil, você saberá mais sobre as marcas que consome, pois a moda é para expressar, agradar, refletir, protestar, confortar, considerar e compartilhar e que a moda nunca subjugue, degrade, marginalize ou comprometa e sim que celebre a vida.
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